17 de abr. de 2008

Com dente, por gentileza.

Da mesma maneira simplista que todo mundo pensa num francês e imagina alguém sem banho, num(a) português(a) de bigode, num irlandês bebum e num holandês maconheiro, eu já tenho minha conclusão sobre os ingleses.
Inglês é sem dente.
Uma coisa lamentável, mas a maioria do povo daqui não tem aquele hábito que a sua mãe tanto insistiu e te ensinou sobre escovar os dentinhos em movimentos circulares antes de dormir e depois de todas as refeições. A galera definitivamente pula esta parte e não faz nada disso. Se acontecer o óbvio e os dentes apodrecerem e caírem por falta de cuidado, tudo bem. Eles continuam sorrindo com suas bocas bem abertas e não se importam nem um pouco que todo mundo veja que tem uma turma faltando. E eu não estou falando de velhos senhores sem pivô nem de pessoas miseráveis. Mas de adolescentes, adultos, velhos e crianças. Ok, criança pode.
Não sei você mas eu sou quase obcecada por dentes. Pelos meus e pelos dos outros. É uma coisa que me chama muita atenção. Limpinhos, asseados, enfileiradinhos, nem precisam ser totalmente retos, nem tão brancos como os dos atores da Rede Globo (já falei sobre isso aqui). Por mim também estão dispensadas as pedrinhas e lascas de ouro que tem gente que gosta de colocar.
Pode faltar cabelo, gominhos no abdômem, roupas bacanas, dinheiro, assunto (não, assunto não pode), experiência, traquejo, boas maneiras, tudo. Mas dente é que nem auto-estima: não pode faltar nunca.
Tudo isso para justificar que não, eu não arranjei nenhum namorado inglês em Londres. Sou mais dos italianos, aqueles cafajestes.