Afinal, qual é o melhor jornal? O Estadão tem o Luiz Fernando Veríssimo mas a Follha tem a Ilustrada. O Guia da Folha é imbatível, mas as campanhas publicitárias do Estado são muito mais inteligentes (pelo menos eram, vai). O projeto gráfico da Folha é mais isso, o do Estadão é mais aquilo. O anti-petismo/lulismo do Estadão é mais escancarado. A Folha é mais em cima do muro e paga de mais isenta.
Como diz a minha empregada, aí vai da pessoa. Sempre vai ter alguém com motivos diferentes para preferir um ou outro. Essa discussão não tem fim. E nem os próprios jornais em questão querem que tenha. A competição é boa para os leitores e eu sou uma pessoa rasa demais para ficar fazendo divagações, como os jornalistas tanto gostam. Empate técnico também é inaceitável porque, afinal de contas,ter uma opinião é importante nessa vida.
Então, para decidir o meu jornal preferido e para contribuir de alguma forma nesta discussão, aí vai minha opinião sincera, despretensiosa e cheia de propriedade: a Folha é mais absorvente que o Estadão. As páginas da Folha absorvem o líquido por igual. Pelo menos é isso que eu noto quando troco o jornal onde meu cachorro faz as necessidades todos os dias. Choquei agora, né?
Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
18 de dez. de 2006
9 de dez. de 2006
Atropelamento e fossa
Em 1997 eu fui atropelada. Mas desses atropelamentos com tudo o que se tem direito: barulho de freada, pára-brisa do carro quebrado, batida de cabeça, sangue, pessoas se aglomerando em volta, paramédicos, trânsito interrompido, imobilizador cervical, maca, ambulância, pronto socorro, raio X, gesso, muletas, fisioterapia e um bom trauminha básico. A sensação de ter esbarrado com a morte é bem estranha para qualquer pessoa.
Mas nada nesse mundo faz a gente se sentir mais mortal do que sofrer por amor.
Também têm batidas de cabeça, sangue fervendo, pessoas amigas se aglomerando em volta, indicando terapeutas (que não deixam de ser uma espécie de paramédicos), tentando descobrir o que se passa dentro da gente, servindo de muletas pra gente sair dessa. Também tem trauma num amor que não dá certo. Mas não tem nada equivalente a fisioterapia para você ir melhorando aos poucos, para ir trabalhando aquele músculo involuntário que está em pedacinhos. Quando um amor de verdade te faz sofrer, dói mais do que qualquer pancada e qualquer corte. Por que não é físico. É irracional e instintivo. Não tem um ortopedista especializado em dor de cotovelo para te dizer: daqui a 10 dias você tira este gesso e volta à vida normal.
Só a dor de amor te dá aquela sensação de acordar e se perguntar: alguém anotou a placa do carro que me atropelou?
Mas nada nesse mundo faz a gente se sentir mais mortal do que sofrer por amor.
Também têm batidas de cabeça, sangue fervendo, pessoas amigas se aglomerando em volta, indicando terapeutas (que não deixam de ser uma espécie de paramédicos), tentando descobrir o que se passa dentro da gente, servindo de muletas pra gente sair dessa. Também tem trauma num amor que não dá certo. Mas não tem nada equivalente a fisioterapia para você ir melhorando aos poucos, para ir trabalhando aquele músculo involuntário que está em pedacinhos. Quando um amor de verdade te faz sofrer, dói mais do que qualquer pancada e qualquer corte. Por que não é físico. É irracional e instintivo. Não tem um ortopedista especializado em dor de cotovelo para te dizer: daqui a 10 dias você tira este gesso e volta à vida normal.
Só a dor de amor te dá aquela sensação de acordar e se perguntar: alguém anotou a placa do carro que me atropelou?
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