Acabei de inventar esta categoria. Mas tenho certeza que você conhece ou já viu por aí gente desse tipo. Almoçando com amigos outro dia, eis que senta na mesa ao lado um cara moreno, alto, olhos verdes, sobrancelhas definidas, rosto quadrado, magro, forte, que se veste bem. Lendo assim, quais são as chances dessa pessoa ser feia? Pois acreditem: o cara era o cão. Estava diante de meus olhinhos um Homem Separadamente Bonito. Este tipo costuma se dar muito bem em salas de bate-papo, namoros virtuais ou naqueles serviços de namoro por celular que a gente vê na TV de madrugada, quando está chegando da balada.
Abre um parênteses aqui: chegou da balada e ligou a TV = voltou zerado pra casa. Zerado + bebinho = dá vontade de ligar para alguém. Os caras são gênios. Fecha parênteses.
Pessoas Separadamente Bonitas se dão bem nessas coisas sem precisar mentir para ninguém. Falam nada mais do que a verdade e devem arranjar pencas de pretendentes. No dia de libertar essa relação da tela do computador, de tirar a vida do papel, o sujeito aparece do jeitinho que ele descreveu. Mas completamente diferente do jeito que a pretendente em questão imaginou.
Normalmente, Pessoas Separadamente Bonitas têm Orkut e msn. Mas elas não são bobas nem nada e colocam apenas a foto do olho. Ou dos dois olhos. Geralmente verdes, cor de mel, com longos cílios. Quem pode imaginar um desastre circundando um par de grandes olhos cor de mel? Não deixa de ser um recurso, ora. Se colar, colou. Onde está escrito que beleza não pode ser vendida separadamente?
PS: Existiu uma comunidade no Orkut chamada: Quem Põe Foto do Olho é Feio. Era uma das minhas preferidas, mas parece que foi deletada. Peninha.
Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
17 de mai. de 2007
11 de mai. de 2007
Soy cafona?
Adoro novela. O lugar que eu mais amei conhecer na vida foi o México. Acho Wando simplesmente genial. Tenho sandália de oncinha. Canto Corazón Partío, do Alejandro Sanz aos berros. Ouço Corazón Partío, do Alejandro Sanz. Tenho o CD do Alejandro Sanz. Já chorei naqueles quadros que mostram a vida dos artistas no Faustão. Choro ouvindo Roberto Carlos cantando Detalhes. Mostro todas as peças da casa para as visitas. Tenho imagens de santos e flores de plástico. Estou procurando um anão para o meu jardim. Já cantei num Karaokê em Cuba. Nas festas da minha família a gente arrasta a mesa de centro e dança na sala. Gosto de macarrão com feijão. Uso flor no cabelo mesmo antes de ser moda. Fiz baile de debutante. Já puxei a Macarena num casamento. Quando sambo eu levo a sério. Escrevo cartas de amor. E mando. Uma das minhas sobremesas favoritas é sagu. Já levei o arranjo de flores do casamento para casa. Tenho uma foto autógrafada do Lombardi. Tenho foto com o Otávio Mesquita. Tenho foto bebendo champagne de bracinho cruzado com a paraguaia Perla. É. Acho que sou.
7 de mai. de 2007
Isso e um sinal
Típico de mulher é achar que qualquer coisa que acontece na vida é um sinal. Sinal dos céus, sinal do destino, sinal de que ela tem que fazer alguma coisa. E normalmente essa coisa é catar o telefone e ligar para aquele bofe que anda sumido. Estranho é que o fato dele ter desaparecido nunca é um sinal de que ele não está a fim. De jeito nenhum.
Esse comportamento é o que eu costumo chamar de mistura de Pollyana com Mãe Dinah. Veja um exemplinho besta: alguém te conta que o seu ex-affair mudou para o Rio de Janeiro. Aí você vai ver seus e-mails e, quando entra no uol, pipoca um banner enorme da Tam com promoção de ponte aérea por R$ 20,00. Pimba. Isso é um sinal.
Esse até que foi bem direto porque, quanto mais remoto for o sinal, mais sinal é. Sinal bom mesmo é aquele que precisa de um bom contorcionismo no raciocínio para fazer sentido. Mas nós mulheres tiramos de letra porque raciocínio Cirque du Soleil é nossa especialidade.
Você acorda atrasada, mais precisamente às 9:30h, 9+3+0=12, 1+2=3. Três é o número de vezes que você saiu com o cara. Aí é só encontrar uma amiga e contar: “Nossa, olha que louco. Hoje acordei e a primeira coisa que aconteceu foi um sinal daqueles”.
Sinais fazem o sentido que você quiser que eles façam. Dependem da ligação que você, e só você, faz dentro dessa cabecinha de pudim. Quando a gente vê muitos sinais por aí, deve ser sinal de que a vida anda meio monótona, isso sim.
Esse comportamento é o que eu costumo chamar de mistura de Pollyana com Mãe Dinah. Veja um exemplinho besta: alguém te conta que o seu ex-affair mudou para o Rio de Janeiro. Aí você vai ver seus e-mails e, quando entra no uol, pipoca um banner enorme da Tam com promoção de ponte aérea por R$ 20,00. Pimba. Isso é um sinal.
Esse até que foi bem direto porque, quanto mais remoto for o sinal, mais sinal é. Sinal bom mesmo é aquele que precisa de um bom contorcionismo no raciocínio para fazer sentido. Mas nós mulheres tiramos de letra porque raciocínio Cirque du Soleil é nossa especialidade.
Você acorda atrasada, mais precisamente às 9:30h, 9+3+0=12, 1+2=3. Três é o número de vezes que você saiu com o cara. Aí é só encontrar uma amiga e contar: “Nossa, olha que louco. Hoje acordei e a primeira coisa que aconteceu foi um sinal daqueles”.
Sinais fazem o sentido que você quiser que eles façam. Dependem da ligação que você, e só você, faz dentro dessa cabecinha de pudim. Quando a gente vê muitos sinais por aí, deve ser sinal de que a vida anda meio monótona, isso sim.
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