“Diversas regiões da Inglaterra e do País de Gales, incluindo parte de Londres, foram sacudidas na madrugada desta quarta-feira por um terremoto de 5,2 graus na escala Richter, o mais forte no país em quase um quarto de século. Segundo o British Geological Survey (BGS), órgão britânico que monitora os sismos geológicos, o epicentro do tremor, à 0h56 (21h56 de terça-feira em Brasília), foi na cidade de Market Rasen, no condado de Lincolnshire, a cerca de 250 quilômetros ao norte de Londres.
Não houve registros de grandes danos ou de ferimentos graves. ‘Podemos ter esse tipo de tremor moderado, mas eles são relativamente raros’. O tremor foi o mais forte no país desde 1984, quando um abalo de 5,4 graus foi registrado no norte do País de Gales.”
Fonte: BBC Brasil
Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
27 de fev. de 2008
26 de fev. de 2008
Cala a boca e me beija
De longe, esta é a frase mais falada entre os meu colegas de aula e entre os caras que moram na minha casa aqui em Londres. Em português mesmo, mas com sotaque italiano, koreano, francês, árabe. Já fiz vários filminhos disso e hoje tive que escrever num papel para uma menina da minha sala, assinalando a entonação das sílabas nas palavras.
Cala a boca e me beija é a coqueluche do momento.
Logo depois vem Bom para caralho e Tu é a maior gosxtosa, que ensinei com chiado carioqueisx.
Que espécie de pessoa vai querer saber como se diz no Brasil coisas como Bom dia, Boa tarde ou Meu nome é Fulano? Amigo meu é que não é.
Cala a boca e me beija é a coqueluche do momento.
Logo depois vem Bom para caralho e Tu é a maior gosxtosa, que ensinei com chiado carioqueisx.
Que espécie de pessoa vai querer saber como se diz no Brasil coisas como Bom dia, Boa tarde ou Meu nome é Fulano? Amigo meu é que não é.
20 de fev. de 2008
Correspondente de Londres
Um monte de gente pediu para que eu aproveitasse minha estadia de 3 meses em Londres para ficar contando o que rola por aqui. Entao, entre um texto e outro com cara de diario, tasco coisas de mulherzinha para nao perder a pratica nem os leitores. Espero que seja util para alguem e espero ser perdoada pela falta de acentos e de cedilhas em alguns deles.
Existe apenas uma verdade absoluta no mundo: quem nao leva um livro para o aeroporto numa longa viagem e uma pessoa chata. E aquela pessoa que vai puxar papo o tempo todo e interromper a sua leitura (porque voce trouxe livro). Adivinha se o cara que sentou no meu lado no aviao trouxe. Assim que eu senti o perfume bizarro da criatura, tratei logo de ligar o ipod e abrir meu Bukowski. Mas nao tem jeito. Quem nao leva livro arranja uma brecha quando voce vira a pagina e tasca logo uma pergunta imbecil. Dai em diante, salvo raras excecoes, e um inferno. Desta vez foi alem da conta. O cara tinha sotaque mineiro (o unico no mundo que eu nao curto), era fa do Paulo Coelho e me contou todo o Alquimista. E para acabar de vez com minha paciencia, ficou horas falando o quanto achava o Humberto Gessinger do Engenheiros do Hawaii genial. Vixe.
Desde que cheguei os chatos desapareceram. Conheci um monte de gente legal e cheguei a conclusao que me dou bem mesmo com as minorias. Meus melhores novos amigos sao arabes, indianos, coreanos. Divido o quarto com uma "teenager chinesa" (fala isso 5 vezes bem rapido que eu quero ver). Na opiniao deles, meu ingles e muito bom. Acho que e por isso que simpatizei tanto.
A chegada foi facil. Com visto no passaporte, cheguei a achar a moca da imigracao super simpatica. Mas claro, um povo que se curva a cada passada da Rainha tem as suas formalidades. E cabe a nos, estrangeiros fora da comunidade europeia, tratar de cumprir todas elas. Ontem passei 3 horas da minha tarde num posto da policia para registrar meu passaporte. Voce entra, tira uma foto, pega uma senha e fica sentado numa sala onde tambem aguardam sua vez todo o casting de La Bamba e de Lilo e Stich. O sol se poe muito cedo e, ate ontem, eu achava o frio suportavel. Repito: ate ontem.
Sobre compras: esqueca a Diesel, a Harrods, a Adidas e a Apple. A loja mais genial que eu vi ate agora e uma, na esquina de casa, com cervejas do mundo todo. Fiquei brother do dono a quem eu me refiro carinhosamente como Osama Simpatico, e comprei 8 latonas de Foster por 5 libras. Com esta, ate quem converte se diverte.
Bom, agora tenho que ir. Vou ao Madame Tussauds tirar uma foto com o Fidel. Sera que mais alguem teve esta ideia? Depois eu conto.
Existe apenas uma verdade absoluta no mundo: quem nao leva um livro para o aeroporto numa longa viagem e uma pessoa chata. E aquela pessoa que vai puxar papo o tempo todo e interromper a sua leitura (porque voce trouxe livro). Adivinha se o cara que sentou no meu lado no aviao trouxe. Assim que eu senti o perfume bizarro da criatura, tratei logo de ligar o ipod e abrir meu Bukowski. Mas nao tem jeito. Quem nao leva livro arranja uma brecha quando voce vira a pagina e tasca logo uma pergunta imbecil. Dai em diante, salvo raras excecoes, e um inferno. Desta vez foi alem da conta. O cara tinha sotaque mineiro (o unico no mundo que eu nao curto), era fa do Paulo Coelho e me contou todo o Alquimista. E para acabar de vez com minha paciencia, ficou horas falando o quanto achava o Humberto Gessinger do Engenheiros do Hawaii genial. Vixe.
Desde que cheguei os chatos desapareceram. Conheci um monte de gente legal e cheguei a conclusao que me dou bem mesmo com as minorias. Meus melhores novos amigos sao arabes, indianos, coreanos. Divido o quarto com uma "teenager chinesa" (fala isso 5 vezes bem rapido que eu quero ver). Na opiniao deles, meu ingles e muito bom. Acho que e por isso que simpatizei tanto.
A chegada foi facil. Com visto no passaporte, cheguei a achar a moca da imigracao super simpatica. Mas claro, um povo que se curva a cada passada da Rainha tem as suas formalidades. E cabe a nos, estrangeiros fora da comunidade europeia, tratar de cumprir todas elas. Ontem passei 3 horas da minha tarde num posto da policia para registrar meu passaporte. Voce entra, tira uma foto, pega uma senha e fica sentado numa sala onde tambem aguardam sua vez todo o casting de La Bamba e de Lilo e Stich. O sol se poe muito cedo e, ate ontem, eu achava o frio suportavel. Repito: ate ontem.
Sobre compras: esqueca a Diesel, a Harrods, a Adidas e a Apple. A loja mais genial que eu vi ate agora e uma, na esquina de casa, com cervejas do mundo todo. Fiquei brother do dono a quem eu me refiro carinhosamente como Osama Simpatico, e comprei 8 latonas de Foster por 5 libras. Com esta, ate quem converte se diverte.
Bom, agora tenho que ir. Vou ao Madame Tussauds tirar uma foto com o Fidel. Sera que mais alguem teve esta ideia? Depois eu conto.
10 de fev. de 2008
Motivo é o que não falta
Pensei que fosse só eu. Mas conversando com minhas amigas descobri que a maioria já terminou o namoro ou simplesmente pegou bode de seu respectivo por causa de coisas tolas. Eu sou rainha de fazer isso. E quando acontece, é irreversível. Só dá para entender exemplificando e torcendo para nenhum ex-bofe ser leitor do blog. Seja o que deus quiser.
Era um namoro em ascenção. Até o dia em que ele veio me contar que comprou um tecido bem resistente e ia costurar uma bolsa. Imediatamente uma nuvenzinha de pensamento, daquelas dos gibis da Mônica, se formou ao lado da minha cabeça e, lá dentro, eu via a imagem do dito-cujo costurando. Não me pergunte o por quê, mas acabou o encanto e o namoro.
Outro: ele era demais, sensível, me adorava, idolatrava, salve, salve. Mas fazia barulho para tomar café. Sabe aquele barulhinho durante o gole? Tipo velhinha bebendo sopa? Este. Eu não consegui superar.
O outro tinha o cabelo black power. Eu achava o máximo, super estiloso. Um dia liguei para falar qualquer coisa e ele disse que estava trançando o cabelo. A nuvenzinha apareceu e eu imaginei o cabelo metade trançado, metade black power. Uma coisa meio-Bozo. Eu sei que é uma bobagem, mas aquela nuvem me acompanhou durante dias e eu nunca mais atendi o telefone quando ele ligava.
Minha amiga agora, para tirar o peso das minhas costas. Ficou com o cara, adorou, ele ligou no dia seguinte. E ela odiou a voz dele no telefone. Já era.
Agora olha isso: outra amiga, no Reveillon. Se encantou à primeira vista por um cara, conversaram, se conheceram, ficaram. Fogos de artifício para lá, champagne para cá e ela foi para o apartamento dele. Chegando lá viu umas folhas de couve pelo chão da sala (!!!) e logo descobriu que ele tinha um coelho de estimação (!!!!!!) solto no apartamento (!!!!!!!). Ponto final.
Outra, para o gran finale: minha amiga estava saindo com o cara há um tempão. Ele era todo romântico, preparou um jantarzinho na casa dele e ela acabou dormindo lá. No dia seguinte acordou felizinha, foi até o toalete e viu, embaixo da pia, um chinelo Rider azul com bolinhas massageadoras na palmilha. Desculpe, mas não existe amor que resista a isso.
Era um namoro em ascenção. Até o dia em que ele veio me contar que comprou um tecido bem resistente e ia costurar uma bolsa. Imediatamente uma nuvenzinha de pensamento, daquelas dos gibis da Mônica, se formou ao lado da minha cabeça e, lá dentro, eu via a imagem do dito-cujo costurando. Não me pergunte o por quê, mas acabou o encanto e o namoro.
Outro: ele era demais, sensível, me adorava, idolatrava, salve, salve. Mas fazia barulho para tomar café. Sabe aquele barulhinho durante o gole? Tipo velhinha bebendo sopa? Este. Eu não consegui superar.
O outro tinha o cabelo black power. Eu achava o máximo, super estiloso. Um dia liguei para falar qualquer coisa e ele disse que estava trançando o cabelo. A nuvenzinha apareceu e eu imaginei o cabelo metade trançado, metade black power. Uma coisa meio-Bozo. Eu sei que é uma bobagem, mas aquela nuvem me acompanhou durante dias e eu nunca mais atendi o telefone quando ele ligava.
Minha amiga agora, para tirar o peso das minhas costas. Ficou com o cara, adorou, ele ligou no dia seguinte. E ela odiou a voz dele no telefone. Já era.
Agora olha isso: outra amiga, no Reveillon. Se encantou à primeira vista por um cara, conversaram, se conheceram, ficaram. Fogos de artifício para lá, champagne para cá e ela foi para o apartamento dele. Chegando lá viu umas folhas de couve pelo chão da sala (!!!) e logo descobriu que ele tinha um coelho de estimação (!!!!!!) solto no apartamento (!!!!!!!). Ponto final.
Outra, para o gran finale: minha amiga estava saindo com o cara há um tempão. Ele era todo romântico, preparou um jantarzinho na casa dele e ela acabou dormindo lá. No dia seguinte acordou felizinha, foi até o toalete e viu, embaixo da pia, um chinelo Rider azul com bolinhas massageadoras na palmilha. Desculpe, mas não existe amor que resista a isso.
6 de fev. de 2008
Canta para subir
Aconteceu outro dia. Por alguns segundos me senti uma atriz de Hollywood, depois entrei em crise.
Encontrei uma amiga acompanhada de uma menina. Quando me viram, minha amiga falou: esta é a Flavia do Bacanérrimo. A menina falou, como se eu fosse muito importante: “Jura? Que legal! Adoro seu blog. Mas reparei que está uma coisa dor-de-cotovelo de uns tempos para cá”.
Se ela estiver lendo agora, quero agradecer. Porque depois de ouvir isso cheguei em casa e fui ler o que eu andava escrevendo ultimamente. E estava tudo ali, estampado.
Nunca quis que este blog fosse um diário, mas um espaço para publicar o que eu penso. Afinal eu penso tanto.
Meu foco sempre foi o comportamento feminino e não o meu comportamento. Mas de uns tempos para cá, ando agindo que nem o Pelé, que fala dele mesmo em terceira pessoa. E são duas pessoas: o Edson e o Pelé. Ando usando o blog para falar coisas da Flavia e não das mulheres como um todo, esta categoria heterogênea, mas unida. Nunca falei tanto de amor, nem de desilusões, nem de coisas complicadas. De fato, tudo isso aconteceu na minha vida. Mas e daí? Ninguém aqui é obrigado e nem eu devo ficar remoendo e publicando meus encontros e desencontros. Por isso, agora que o carnaval passou e que o ano começou oficialmente, chega de lamentações. Vamos falar de coisas que importem para mais alguém além de mim.
É assim que eu gosto de escrever e me sinto mais feliz com o que escrevo. Sempre vai haver uma parte autobiográfica, mas a idéia aqui é generalizar. Do gênero feminino.
Encontrei uma amiga acompanhada de uma menina. Quando me viram, minha amiga falou: esta é a Flavia do Bacanérrimo. A menina falou, como se eu fosse muito importante: “Jura? Que legal! Adoro seu blog. Mas reparei que está uma coisa dor-de-cotovelo de uns tempos para cá”.
Se ela estiver lendo agora, quero agradecer. Porque depois de ouvir isso cheguei em casa e fui ler o que eu andava escrevendo ultimamente. E estava tudo ali, estampado.
Nunca quis que este blog fosse um diário, mas um espaço para publicar o que eu penso. Afinal eu penso tanto.
Meu foco sempre foi o comportamento feminino e não o meu comportamento. Mas de uns tempos para cá, ando agindo que nem o Pelé, que fala dele mesmo em terceira pessoa. E são duas pessoas: o Edson e o Pelé. Ando usando o blog para falar coisas da Flavia e não das mulheres como um todo, esta categoria heterogênea, mas unida. Nunca falei tanto de amor, nem de desilusões, nem de coisas complicadas. De fato, tudo isso aconteceu na minha vida. Mas e daí? Ninguém aqui é obrigado e nem eu devo ficar remoendo e publicando meus encontros e desencontros. Por isso, agora que o carnaval passou e que o ano começou oficialmente, chega de lamentações. Vamos falar de coisas que importem para mais alguém além de mim.
É assim que eu gosto de escrever e me sinto mais feliz com o que escrevo. Sempre vai haver uma parte autobiográfica, mas a idéia aqui é generalizar. Do gênero feminino.
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