Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
12 de mai. de 2010
Ups
Os dois casais e seus filhos eram amigos desde sempre. Companheiros da pizza de domingo, das macarronadas no Bixiga, entre outros programas família. Entre eles, não tinha tempo ruim.
A não ser naquele fim de semana fatídico em Ubatuba. Foram todos para uma casa alugada, com bóia de patinho, cachorro e papagaio no carro. Mas nem chegaram perto do mar por conta da chuva que não parou um minuto.
Fizeram churrasco no sábado ao meio-dia, churrasco no sábado à noite e, quando decidiram repetir o cardápio no domingo, perceberam que não tinham mais carne, nem carvão, nem cerveja. O mundo estava mesmo caindo.
Os dois maridos pegaram o carro e foram ao supermercado enquanto as esposas e as crianças davam um jeito na casa. Saíram no meio de uma daquelas tempestades em que o limpador de pára-brisa na velocidade máxima não dá conta do aguaceiro. E, todo mundo sabe, onde tem paulista e chuva, tem engarrafamento. As ruas de Ubatuba paradas e as imediações do supermercado lotadas de turistas frustrados como eles. Nessa de acelerar e parar, acelerar e parar, eles ficaram ao lado de um ponto de ônibus e viram uma menina jeitosinha no abrigo. O vidro do carona estava aberto para o pára-brisa desembaçar, eles ali, parados, a menina também. Um dos amigos se dirigiu a ela, para quebrar o silêncio:
- Chuva do caralho, né?
A menina respondeu prontamente:
- Chupo sim.
PS: Righi e Zé, nem sei como agradecer. A história é brilhante.
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