Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
9 de dez. de 2010
Essa é uma das muitas histórias que acontecem comigo
Mandei meu carro para o mecânico ontem porque meu ar-condicionado, há algum tempo, pedia um conserto. Chegando lá, papo vai, papo vem, pechincha daqui, pechincha dali, olho para a parede e vejo um painel enorme com fotos da reforma do Calhambeque do Roberto Carlos. Lembra disso? Em 2008, Emerson Fitipaldi resolveu presentear o Rei com a reforma total Do Calhambeque. Deu uma geral, envenenou o bichinho e este mecânico em que eu estava cuidou da parte elétrica.
Não sei o que pensei, mas eu não acreditei e perguntei: O que? Você reformou o carro do Rei?
Com muita paciência, o rapaz respondeu: Sim, aliás, este carro aqui também é dele.
Era um carro todo velho. Na verdade, um Escort preto bem conservado, mas antigo. Comum demais para ser o carro do Rei mas dá para entender porque ele escolheu um carro que não chame atenção.
O brôto, no caso, eu, quis entrar no carango na hora. Gente, é o carro do Rei. Abri a porta, entrei, pulei no banco, abri o porta-luvas, abracei a direção, lambi a manopla, fiquei muito passada. Meu amigo que indicou o mecânico foi comigo, viu minha emoção, fez sinal para eu parar e perguntou: quer tirar uma foto?
Fiquei um pouco desolada. Confesso que estava até um pouco frustrada. Quem ia acreditar que aquele Escort Preto era o carro do Rei? Lavado, consertado, bem pintado, mas um Escort Preto. Achei melhor desencanar da foto e contar a história, que é muito mais bonitinha.
Fiquei tão feliz com isso. O Rei é foda.
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