Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
25 de abr. de 2011
Amigas imaginárias
Quando eu era criança tive duas amigas imaginárias.
Uma delas era a Professora Cleuza, que me dava aulas num galpão nos fundos da minha casa. Eu tinha caderno, lápis, tudo real. Mas as aulas e a professora eram imaginárias. Acho que ela surgiu porque minha mãe é professora e porque ela e meus irmãos mais velhos iam para a escola e eu ficava em casa com a empregada a tarde inteira. Queria tanto ir com eles que minha imaginação resolveu me compensar assim.
Minha segunda e mais presente amiga imaginária surgiu logo depois que minha irmã leu o livro Alice no Reino do Espelho para mim. Foi muito alucinante para a minha pequena cabeça de pudim porque, no reino do espelho, tudo é invertido. Inclusive o nome das coisas e das pessoas. O nome da minha amiga era Aivalf porque minha irmã me disse que meu nome invertido era assim. Então eu ficava no meu quarto, falando com a Aivalf por horas e horas.
Depois eu cresci e tive mais três amigas imaginárias. Mas de outra categoria.
Eu imaginava que elas eram minhas amigas e um dia descobri que não eram.
15 de abr. de 2011
Amor, o próprio.
Homens, mulheres, animais e Lady Gaga. Todo mundo quer encontrar um amor ou manter o que já encontrou. Mas por alguma razão este querer, esta busca não é das coisas mais fáceis de realizar na vida.
Muitas pessoas incríveis estão totalmente desiludidas. Outras já entraram num nível de desespero e andam apelando para os cartazes das cartomantes colados nos postes ou, mais absurdo ainda, passando por cima dos seus princípios, se anulando, fazendo merda em nome de outra pessoa. E se esquecendo que, antes de mais nada, quem a gente tem que amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, é a gente mesmo.
Sem amor próprio a vida não anda, meu rei. E não tem nada de egoísmo nisso. Desde que você não ame só você mesmo e mais ninguém, se gostar é o que há. E digo mais: amor próprio é inspirador para mais amor.
Se alguém te ama é porque viu tuas qualidades, te admirou, te achou demais. Viu que você se ama. O contrário não é admirável, muito menos apaixonante para ninguém. Na minha opinião, gostar de alguém sem auto-estima é quase piedade. O limite é ali, ali.
Entender que eu sou o único responsável por todo o amor que tenho, terei e receberei na vida, que sou o principal agente da minha felicidade é quase como ter superpoderes. Ninguém no mundo pode fazer você esquecer disso. Não permita, em hipótese nenhuma.
É como diz o Mario Quintana, que eu nunca canso de citar por aqui: “Se eu amo meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?”
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