Confesso que me dá um pouco nos nervos essa obrigatoriedade de ir para algum lugar cool e paradisíaco nas festas de final de ano. Mas hoje você vai me desculpar porque eu vim aqui para me vangloriar.
Não sei você, mas eu passei o Natal e quase toda a semana passada num lugar perfeito. Não lembro de ter sido mais bem tratada na vida. Depois da recepção calorosa, fui direto para uma suíte iluminada e cheia de mimos. E eu não estou falando de xampuzinho bom nem de chocolate belga, my dear. Para você ter uma ideia, tinha até um pijaminha lindo, de algodão, do jeito que eu gosto e do meu número (como eles descobriram o meu número?). De dia fez um calor super agradável e à noite era frio suficiente para dormir de cobertor. O lugar não tinha praia nem coqueiro, muito menos gente me abanando com plumas, mas era mágico de verdade. Coisa de cair o queixo. Bastava eu pensar: hummm, que vontade de comer tal coisa e a tal coisa se materializava na minha frente. Plim! Simples assim.
O café da manhã não tinha hora para acabar. Se eu quisesse acordar às 4 da tarde, tinha café feito na hora com pão caseiro (de novo: como eles adivinharam? Há muito tempo não comia pão caseiro). Quando eu pensava, por exemplo, que queria tomar um banho, não precisava dizer nenhuma palavra e uma toalha limpinha e felpuda, dessas que os rock stars exigem no camarim, se materializava nas minhas mãos. Coisa de louco.
E olha a coisa da mágica outra vez: em vez daquela depressão pós-férias que a gente costuma sentir quando sai de um paraíso e tem que voltar à realidade, desta vez eu voltei toda serelepe.
Até pensei em colocar o link para você tentar fazer uma reserva para o ano que vem. Mas este é o tipo de lugar que, se todo mundo descobrir e começar a frequentar, vai deixar de ser mágico.
E depois, a casa dos meus pais só tem mais um quarto disponível, além do meu. E eu e meus irmãos, que não somos bobos nem nada, já temos nossa reserva cativa.
Feliz 2012 para você que não troca estar na companhia de quem mais ama por nada deste mundo.