Sábado passado eu conheci uma pessoa desprezível. E eu posso falar mal à vontade porque tenho certeza que ela nunca vai ler o meu blog. E mesmo que lesse, não teria capacidade intelectual para se reconhecer do jeito que eu vou descrever. Esta pessoa entrou de penetra na festa de casamento em que eu estava. E o pior: usando um vestido igualzinho ao meu. Quando eu vi isso, já comecei a ficar puta e antipatizei imediatamente com ela. Acontece que a criatura era tão insuportável que viu a “coincidência” do vestido e colou em mim. De perto ela era ainda pior: sem nenhuma auto-estima, burra, repetitiva, não sabia dançar direito, era incapaz de fazer um comentário inteligente sequer, não entendia as piadas, as pessoas tinham que repetir tudo para ela entender. Um saco. Eu fiquei tão incomodada com aquela presença, que me retirei. Era eu ou ela. E eu preferi vazar por pura falta de paciência. Porque se tem uma coisa que eu não suporto nessa vida é mulher que se faz de vítima e não se dá o devido valor.
No dia seguinte ela foi a primeira pessoa em quem eu pensei quando acordei. Tomara que ela já tenha ido embora. Mas quando desci para tomar o café da manhã da pousada ela estava lá, sozinha num canto.
Então eu fiz uma coisa maquiavélica. Aproveitei a insignificância daquela criatura, aproveitei o fato de que ninguém notava mesmo que ela existia e levei ela para a praia. Chegando lá, eu a convenci de entrar comigo no mar. Ela, otária, nem desconfiou de nada. Assim que eu tive a primeira oportunidade, afundei a cabeça dela com as duas mãos e fiquei esperando ela se afogar. Eu me preocupava com questões práticas do tipo: esse monte de cocô vai boiar, as pessoas vão encontrar o corpo. Mas ela era tão pequena, tão ínfima, mais transparente que uma água-viva. Certeza que ninguém ia ver nada. Ela se debateu por algum tempo mas era tão fraca que eu esmaguei aquele pescoço com uma mão só. Joguei para Iemanjá como quem joga um sabonete vagabundo na festa do Reveillon. Então eu me deitei no sol e fiquei pensando que aquele tipo de oferenda, Iemanjá ia acabar devolvendo. Mas não. Ela levou mesmo. Esta foi para nunca mais voltar.
10 comentários:
Nossa!
Por que tanta raiva nesse seu coraçãozinho?
Adoro. Adoro. Adoro. Adoro. Adoro.
E que descanse em paz! Amém!
AMEI, Flá! Tô precisando matar umas por aqui tb.
Tomara que nunca mais volte....
Gata relaxa!
Esse tipo de oferenda não volta nem a pau...
Nossa amiga Iemanjá tem um baú de pirata especial para este tipo de caso!
Amo!
Beijos
Sim, sim, sim, todos tem seus segredos e dores de cotovelo.
O mar serenou quando ela pisou na areia, quem samba na beira do mar é sereia
Gata, senti uma certa vibe "alter ego" nesse seu post. Se foi isso mesmo, liga não, às vezes a gente se sente assim mesmo, meio desconectado(a) do resto do mundo, se sentindo uma manga em uma feira da Suécia. Nesses casos, é bom realmente matar essa "pessoa". Um ótimo exercício de "exorcismo".
Ai, Tadinha!
Espero e acredito que isso tenha sido um sonho seu, auhsauhshuas.
ADOOOOOOOOOOOOOOOOOROOOOOOOO!!!
UAHHAHAHHAHAHAHAHAHH
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