Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
24 de jan. de 2010
Onírico
Caio Fernando Abreu deixou um comentário no meu blog. E eu fiquei lisonjeada. Não acredito que ele lê. E que gosta. Preciso responder. Mas peraí. Ele já morreu. Deixa eu entrar no google um minutinho que vejo até em que ano foi. Que estranho. Não tem nenhuma referência da morte dele no google. Mas eu lembro que ele morreu. E que eu fiquei bem triste porque adoro tudo o que li dele. Deve ser alguém me sacaneando. Mas quem? Acordei nessa dúvida. Foi ele ou não foi? Quando vi que era sonho, poderia ter sido ele. No sonho. Fiquei com tudo nítido na cabeça. Isso acontece sempre. Lembro do cheiro, da luz, da cor. Sempre é bem colorido.
No aeroporto de Porto Alegre, voltando para São Paulo, o vôo vai atrasar. Vou comprar um livro do Vargas Llosa. Mas pera, os pocket books são mais baratos deixa eu ver o que temos: Caio Fernando Abreu. Comprei os 2 dele que estavam disponíveis. Comecei a ler o maior porque o vôo ia atrasar e este ano eu ando devoradora.
Já em São Paulo, 2010 começando na correria que eu gosto. Mil vezes isso do que o marasmo. Cheguei tarde em casa e entendi o motivo do sonho e do comentário do Caio e o porquê de tudo ainda tão nítido na minha cabeça. Tudo ficou claro, transparente quando li cada uma daquelas palavras que se encaixaram como uma luva. Me senti um sapo dissecado no laboratório. Era isso. Era sonho.
Obrigada pelo comentário no meu blog e por escrever Onírico. E por me recomendar esta leitura do jeito que você recomendou. Obrigada por ler, mesmo em 1991, o que um dia seria minha mente tortuosa. Obrigada por me explicar tudo.
Virei a página e ainda encontrei outra citação, que me ajudaria a finalizar este texto que só diz respeito a mim, mas que precisava ser escrito, porque foi aqui que ele começou.
“Talvez seja um pouco cifrado, mas para um bom leitor certo mistério nunca impede a compreensão.”
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8 comentários:
Outro dia a Crispa me passou um texto do Caio. Fiquei imaginando se você tinha comentado seu sonho com ela. Mas preciso ler, não sei o que estou perdendo. Bjos
Fantástico!
Li o seu onírico e o dele.
Fiquei arrepiada.
Sato, acho q não tem nada a ver, não. Isso foi coisa minha mesmo. Leia. Acho q vc vai curtir.
Flavia e Gi: vcs não imaginam o quanto foi esquisito tudo isso.
rarararararara
Arrepiada é pouco. Bjs
Me conta... fiquei curiosa agora... não entendi um catso!
bjos,
marilu.
É genial o conto, Fla. Caio sabia das coisas. A gente vê melhor quando fecha os olhos.
te entendo
tenho isso qdo leio 'idílico'
Flávia, eu ganhei há pouco um concurso de poesia de uma antologia que vai ser publicada pela Casa do Poeta de Santiago ( não do Chile, humpf...mas do Boquerão! rsrsrs, que foi onde O Caio nasceu)vou te mandar por email porque nao posso publicar em nenhum lugar pelas regras do concurso. Chama Caio em Mim. Não é outra coincidência? bjo.
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