24 de jan. de 2009

Soutien, abajour, mon amour.

Um amigo casou com uma francesa. Só de ler esta frase você já sabe que a história é fofa e romântica. Mas, legal mesmo, foi saber que eles se conheceram no elevador do prédio. Um dia ele entrou e ela estava lá. Rolou um papo de elevador, ela desceu, ele decidiu ir atrás e tudo começou assim.
Semana passada, fui num aniversário e uma menina com sotaque que eu não identifiquei veio me perguntar qualquer coisa. Minha amiga explicou que ela é francesa, casada com o amigo dela. Estão preparados? Eles também se conheceram no elevador. Outra francesa, outro brasileiro. Outra história que começou do mesmo jeito.
Adorei e fiquei intrigada com tamanha coincidência. Ok, elevador é um fetiche e eu tenho certeza que você já pensou/fez besteira dentro de um. Mas à luz do dia, no seu próprio prédio e até onde eu sei, é apenas um lugar em que todo mundo costuma ficar olhando para o teto, para o chão ou para a porta. Nem no espelho eu olho porque sempre imagino o vigia do prédio vendo pela camerinha, a minha cara conferindo o material. Se rolar alguma conversa, todo mundo sabe que é sempre papo de elevador: que calor, hoje o trânsito tá péssimo, aperta o 12, por gentileza. E pronto. A música do elevador também jamais ajudou ninguém a entrar no clima. Ou você se anima ao ouvir “Me faz pequena, asa morena, me alivia a dooooor”?
Minha teoria: o que impediu que estes dois casais ficassem olhando para o teto foi o sotaque. Nada pessoal com os ascensoristas mas não estamos falando de qualquer sotaque. É completamente diferente uma francesa (prefiro imaginar um francês) dizer: “Sôbe?” ou “Apêrrrta o dois, purr favorr”. Com sotaque, o papo e o elevador ganham conotação sexual imediata. Que dois você quer que eu aperte, gato? Só se for agora.
Sotaque é um fetiche dos mais poderosos.

Qualquer dia eu conto algumas histórias de uma venezuelana que eu conheço.

17 comentários:

Anônimo disse...

Outra música que eu associo com elevadores da avenida São João é "Um homem também chora".

Anônimo disse...

É que na França vizinho só se fala em elevador mesmo. Ou para reclamar que seu som está alto demais... :/

Anônimo disse...

Concordo.
Desde que o francês(a) tome banho. Fechados dentro do elevador, economizando água do jeito que eles economizam, Não tem sotaque que resista.

Anônimo disse...

Ela tomava banho. Alias, bem mais do que eu. O biquíni que ela usava no dia também ajudou bastante.

Anônimo disse...

Tenho claustrofobia. Mas um dia ainda conheço alguém na escada de incêndio.
Beijos

Anônimo disse...

Será que essa teoria vale para franceses e brasileiras? Acho que vou passar mais tempo no elevador...
Bjs

Anônimo disse...

Eu acho que a venezuelana deveria ter um blog só dela. Tenho certeza que ela ia escrever mais d que você, sua diaba. Pense nisso e avise os amigos.

Flavia Coradini disse...

aviso so qd os amigos pararem de postar como anonimos.

Anônimo disse...

venezuelana do peru?

Anônimo disse...

Como assim este blog, bacanérrimo como é, ainda não apresentou essa mulher/gata/garota? Trata logo de apresentar A venezuelana pra rapaziada.
A propósito, hoja usei a expressão "ele não vale um quilo teu!" da nossa amiga Márcia. Risada geral!!
Bjs e saudades

Anônimo disse...

Tem certeza que a francesa amiga da sua amiga não é a mesma francesa mulher do seu amigo?
Tô achando estranha e frustrante essa história.

Kuka

Anônimo disse...

Qualquer dia, não, Flávia. Conta da Venezuelana agora porque o papo tá bom.

Márcia Stival - Assessora de Imprensa disse...

Venezuelana???
Não era cigana?


Elevadores: um clássico.Mas depois da modernidade...ficou f.

Helena Cortez disse...

Adoooooooorro.

Márcia Stival - Assessora de Imprensa disse...

Brilhosaaaa
Cade você eu vim aqui só para te ver....
Escreveeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

Lucc disse...

Huahshuashuahushuas, vou passar a andar mais de elevador, apesar de que eu fico nervoso e com os olhos arregalados, auhshuasuas.

Tô voltando, Flá!

Vitor Simon disse...

Da minha parte, preferia uma novaiorquina bem mal-educada dizendo "push the fuckin 2, please". Ou sem "please", melhor ainda.