Um amigo casou com uma francesa. Só de ler esta frase você já sabe que a história é fofa e romântica. Mas, legal mesmo, foi saber que eles se conheceram no elevador do prédio. Um dia ele entrou e ela estava lá. Rolou um papo de elevador, ela desceu, ele decidiu ir atrás e tudo começou assim.
Semana passada, fui num aniversário e uma menina com sotaque que eu não identifiquei veio me perguntar qualquer coisa. Minha amiga explicou que ela é francesa, casada com o amigo dela. Estão preparados? Eles também se conheceram no elevador. Outra francesa, outro brasileiro. Outra história que começou do mesmo jeito.
Adorei e fiquei intrigada com tamanha coincidência. Ok, elevador é um fetiche e eu tenho certeza que você já pensou/fez besteira dentro de um. Mas à luz do dia, no seu próprio prédio e até onde eu sei, é apenas um lugar em que todo mundo costuma ficar olhando para o teto, para o chão ou para a porta. Nem no espelho eu olho porque sempre imagino o vigia do prédio vendo pela camerinha, a minha cara conferindo o material. Se rolar alguma conversa, todo mundo sabe que é sempre papo de elevador: que calor, hoje o trânsito tá péssimo, aperta o 12, por gentileza. E pronto. A música do elevador também jamais ajudou ninguém a entrar no clima. Ou você se anima ao ouvir “Me faz pequena, asa morena, me alivia a dooooor”?
Minha teoria: o que impediu que estes dois casais ficassem olhando para o teto foi o sotaque. Nada pessoal com os ascensoristas mas não estamos falando de qualquer sotaque. É completamente diferente uma francesa (prefiro imaginar um francês) dizer: “Sôbe?” ou “Apêrrrta o dois, purr favorr”. Com sotaque, o papo e o elevador ganham conotação sexual imediata. Que dois você quer que eu aperte, gato? Só se for agora.
Sotaque é um fetiche dos mais poderosos.
Qualquer dia eu conto algumas histórias de uma venezuelana que eu conheço.
17 comentários:
Outra música que eu associo com elevadores da avenida São João é "Um homem também chora".
É que na França vizinho só se fala em elevador mesmo. Ou para reclamar que seu som está alto demais... :/
Concordo.
Desde que o francês(a) tome banho. Fechados dentro do elevador, economizando água do jeito que eles economizam, Não tem sotaque que resista.
Ela tomava banho. Alias, bem mais do que eu. O biquíni que ela usava no dia também ajudou bastante.
Tenho claustrofobia. Mas um dia ainda conheço alguém na escada de incêndio.
Beijos
Será que essa teoria vale para franceses e brasileiras? Acho que vou passar mais tempo no elevador...
Bjs
Eu acho que a venezuelana deveria ter um blog só dela. Tenho certeza que ela ia escrever mais d que você, sua diaba. Pense nisso e avise os amigos.
aviso so qd os amigos pararem de postar como anonimos.
venezuelana do peru?
Como assim este blog, bacanérrimo como é, ainda não apresentou essa mulher/gata/garota? Trata logo de apresentar A venezuelana pra rapaziada.
A propósito, hoja usei a expressão "ele não vale um quilo teu!" da nossa amiga Márcia. Risada geral!!
Bjs e saudades
Tem certeza que a francesa amiga da sua amiga não é a mesma francesa mulher do seu amigo?
Tô achando estranha e frustrante essa história.
Kuka
Qualquer dia, não, Flávia. Conta da Venezuelana agora porque o papo tá bom.
Venezuelana???
Não era cigana?
Elevadores: um clássico.Mas depois da modernidade...ficou f.
Adoooooooorro.
Brilhosaaaa
Cade você eu vim aqui só para te ver....
Escreveeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Huahshuashuahushuas, vou passar a andar mais de elevador, apesar de que eu fico nervoso e com os olhos arregalados, auhshuasuas.
Tô voltando, Flá!
Da minha parte, preferia uma novaiorquina bem mal-educada dizendo "push the fuckin 2, please". Ou sem "please", melhor ainda.
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