5 de abr. de 2009

Corpo fechado


Balada nova em São Paulo. Um amiga fez a maior propaganda mas advertiu: tem que chegar cedo. No horário marcado eu estava lá mas ela ainda nem tinha saído de casa. Entrei sozinha e fiquei reconhecendo o terreno. De repente chega um cara bem bonito e brinda com a minha Stella. Pensei na hora: minha amiga ia curtir esse cara. Cadê ela que não entra?
Estava na fila. Entra que o som está ótimo. Tô tentando mas a fila tá foda. De repente o mesmo cara gato me pergunta: você está bebendo alguma coisa? Eu mostro minha Stella (outra) e sinalizo que estou no telefone. Ele fica esperando. Termino de falar com minha amiga e ele oferece: estou indo no bar pegar uma bebida, quer alguma coisa? Não, valeu. Ele foi. E de costas ele também era bonito. Nossa, mas minha amiga vai pirar nesse cara.
Não morre mais. Tô pensando nela e ela liga: Flá, a fila não anda há 40 min. E se a gente fosse para outra balada? Pô, mas você ia gostar daqui, viu? Eu sei, mas pelo jeito vou demorar muito para entrar. Bom, então vamos. Tô saindo. O gato chega de novo e fala: onde você vai? Putz, tô indo embora. Como assim? Então, tô com uma amiga aí na fila e não tem jeito dela entrar. A gente vai para outra balada. Ah, fica aqui. Como é que a gente fica? A gente? Ué, tô tentando falar com você desde o início da noite. Ah, que pena, mas eu estou mesmo indo embora. Posso pegar seu telefone? Pode. Como é o seu nome? Flavia e o seu? Francisco. Vocês vão para onde? Não sei ainda. A gente vai decidir. Ele me dá um abraço de despedida. Nossa, mas que cara bacana. Saí. Estou conversando com minha amiga, falando que ela ia curtir meu novo amigo e ele liga: Flavia, para onde você vai? E se eu fosse com você? Putz, amigo. Não sai daí, não que a balada tá ótima. Eu só tô indo embora porque ela não conseguiu entrar, senão ficaria. Tem certeza? Claro, fica aí. Aproveita. Beijo. Tu-tu-tu-tu-tu.

Corpo fechado é assim. Pode aparecer um cara gato, gentil, educado, paciente e chamado Francisco, que nada acontece.
Chega.

12 comentários:

Márcia Stival - Assessora de Imprensa disse...

Amiga...como assim? Essa história balada só acontece com quem não tem um kg a perder )))
"open the body" kkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

http://www.esotericosdelcarmen.com/rituais_de_limpeza_e_purificacao.htm

Anônimo disse...

sei exatamento do que vc está falando. um saco.

Renatinha disse...

Como assim? Como assim? Como assim?
Volta pra lá agora!!!!!
Coisas assim e homens assim tá difícil no mercado!!!
beijos
Re (frustada)

Angélica Juns disse...

primeiro fiquei indignada, do tipo: como assim, sua besta!
aí desenterrei algo bem parecido que fiz-aconteceu-comigo. Estava enterrado, tamanho o arrependimento e auto-mágoa gerada pelos fatos.
Por fim, yo comprendo!

Gi disse...

Quantas e quantas vezes a gente se sente transparente mas ta todo mundo nos vendo.
Entendo, compartilho, mas concordo mesmo com o "chega" do final. Ótimo sinal, diga-se de passagem.
bjbjbj

Luciana disse...

OOOOOOOOlha!!! Volta lá e brilha! Tô mandando.

gera - man in the box disse...

adoro gente evoluida

eu tinha feito um banheirao

Isa David disse...

Posso ser sua amiga, posso? rsrsrs

Luciana Gonçalves disse...

Eh agora fudeu! Nem jogo de azar nem mega sena viu querida.

Sua parcela de Sorte nessa vida ja se foi...

Unknown disse...

Se eu tivesse aí em Sampa,te dava uma surra,guria! Pelamordedeus!!!

Jack disse...

Gata, acontece, todos temos nossos momentos de corpo fechado, mas que bom que agora "chega".