Eu gosto da palavra bacanérrimo desde a primeira vez que ouvi. Desde então, uso mesmo. Sinceramente, este foi o único critério para escolher o nome do meu blog. Gosto de escrever mas tenho vergonha de mostrar o que escrevo. Então decidi ficar escondida atrás de uma URL simpática. E esperar que alguma coisa que eu escreva aqui vire spam e chegue um dia por e-mail, como se fosse um texto do Luiz Fernando Veríssimo. Ui, seria a glória.
7 de mar. de 2011
Ah, o Carnaval
Ouvindo é mais engraçado do que lendo.
Carnaval no Rio. Não este ano, lógico, porque se eu estivesse lá agora, não estaria escrevendo. Eu, uma amiga e mais alguém que eu simplesmente esqueci quem é, estávamos sentadas numa cadeirinha em Ipanema enquanto o bloco Simpatia é Quase Amor passava.
Amo Carnaval no Rio, mas a falta de infra e de educação faz com que as pessoas façam xixi em qualquer (eu disse qualquer) lugar e isso é muito triste de observar. A gente comentava justamente sobre isso quando escutamos uma voz de mulher, mas uma voz de velha, castigada pelo cigarro e pela birita, uma coisa meio Nair Bello, meio Aracy de Almeida. A tal voz, que eu imitaria se estivesse contando para você, disse:
- Será que eu sou mulher para encarar esse mar?
Eu me virei para ver quem era e me deparo com uma menina de no máximo 10 anos (chutaria uns 8), magrinha, franzina, mas dona daquele vozeirão maltratado pela vida. Ela continuou falando:
- To aperrrtada pra fazer xixi, ae... Mas esse marrr deve tá um gelo.
Lógico que ela era mulher para isso e encarou. Entrou no mar, esvaziou a bexiga e ainda fez muito. Porque os homens simplesmente colocavam o pinto para fora e faziam tudo quase na cara da gente.
Então a menina sai do mar e vem na nossa direção. Por alguma razão ela olha para mim e pergunta com aquela voz de deixar Maria Zilda no chinelo:
- Onde será que eu posso fazer cocô, ae?
Eu respondi:
- Olha, de preferência num lugar bem longe da gente.
E ela saiu andando. Com convicção. E eu acompanhando com os olhos, sem acreditar: a mina vai fazer cocô na areia. Nunca mais tiro as minhas Havaianas em Ipanema. Não estou acreditando. Ela está cavocando um buraquinho. Ela ficou de cócoras, puxou o short para o lado. A mina vai mandar um number two no meio de todo mundo. G-zuis!
Então ela começa a voltar na nossa direção. E eu pensando: o que vai ser agora? O que mais essa pequena velha quer de mim? E ela queria mesmo. Chegou bem perto da gente e tascou a cereja do bolo:
- Pô, tô tentando fazer cocô mas com vocês olhando eu não consigo, ae!!
Juro que aconteceu.
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13 comentários:
Meu pai.... por isso passo LONGE de carnaval de rua.
Caraca, eu só sabia do xixi, é um horror, todo mundo se enche de cerveja e quer esvaziar em qualquer lugar, mas o number 2, ainda não tinha visto em Ipanema, Leblon, quer dizer, não havia visto na areia, assim, porque na água minha amiga, lá pra aqueles lados do canal do leblon, vou te dizer...
PS:opsss, o anônimo sou eu! bj
Mesmo não sendo deste ano, a MELHOR história de carnaval do ano.
rsrsrsrsrs
Como vc consegue?
bjbj
Gi
Você me surpreende sempre. Mas que nojo né? Se a areia tivesse nariz...pobrezinha dela.
eu amo essa história. não me canso nunca de ouvir!
Chorando de rir....
kkkkk
ai, rio né
tenho meio q pena da cariocada nesa época
Essa história já é sucesso do outro lado do oceano! E contada por você pessoalmente é mais foda ainda!
Outra véia ? não acredito. jesussssss
E o Rio de Janeiro continua lindo...
a vá!?
chorando descontroladamamente de rir...
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