27 de mai. de 2011

Sai que eu não tô boa


Ando a stressadinha do trânsito.
E, quanto mais irritada fico, mais merda acontece. Por isso, quero dividir alguns aprendizados que podem ser úteis, caso você seja acometido do mesmo mal. Aí vai:
Por mais que tudo esteja parado, prefira as grandes avenidas. Uma hora elas andam e você evita descobrir na prática que, quanto mais secundária e estreita a rua, mais velhinhos dirigem por elas e saem, do nada, de dentro de garagens.
Nada contra a terceira idade. Mesmo. Estamos todos caminhando nesta direção. Só acho que eles deveriam aproveitar seus horários mais flexíveis para fazer as coisas deles depois que os infelizes que ainda precisam trabalhar já passaram. Depois das 10 da manhã, lá pelas 4 da tarde é ótimo. Podem passear a 15 por hora à vontade, que eu não me importo. Mas eles têm insônia, acordam com as galinhas e decidem sair bem na hora da minha reunião.
Outra coisa: velhinhos no volante nunca, mas nunca mesmo, se contentam em ocupar apenas uma pista. Eles preferem passar por cima da linha pontilhada no do meio da rua. Devem achar que serve para ajudar a andar em linha reta. A nós, que temos horário a cumprir, nos resta tentar ultrapassar pela esquerda primeiro, como manda o figurino, depois pela direita, dar aquela buzinadinha simpática que é só um toquinho, para não correr o risco de matar alguém do coração. Risco baixíssimo porque a audição desse pessoal já não é das melhores.
Se você puder escolher, não fique, ou evite ao máximo, parar atrás de carros dourados. Todo mundo que tem um carro dourado é velho. Caso contrário, teria escolhido outra cor para o possante. Dono de carro dourado dirige como velho mesmo que tenha 18 anos. Na verdade, eles queriam um carro bege (desconfio de gente que gosta de qualquer coisa bege) mas isso não existe mais. Então eles vão no dourado e ficam atravancando a nossa vida todos os dias. Motorista de carro dourado faz questão de manter uma distância de segurança maior do que a necessária. Eles ficam meio quarteirão (ou mais) atrás do carro da frente. Aquela distância suficiente para que você, que está atrás, não consiga atravessar aquele farol demorado, nem virar à direita quando precisa. Comece a prestar atrenção e me diga se a culpa do trânsito parado não é sempre do dono do carro dourado.
Tá. Era isso. Stress no trânsito não tem mesmo nenhuma justificativa decente.