14 de dez. de 2007

Nascida no dia do Especial do Roberto Carlos

29 de dezembro lá é data pra alguém fazer aniversário? Pois eu faço. Há 34 anos. Pô, três dias a mais e eu seria de 74 e não de 73. O que, depois dos 30, todo mundo sabe que é lucro. Mas quando eu era criança era bem mais complicado. Nunca tive festa na escola. Meus amigos sempre estavam viajando. Sorte que eu tenho 28 primos (só por parte de mãe) e, assim, minhas festas atingiam um quórum aceitável. Drama mesmo era o presente: um só, de Natal e aniversário. Achou sacanagem? Então olha essa outra.
Eu não podia me queixar das minhas festas de aniversário porque elas eram, de longe, as mais animadas da minha família. Vinham todos os tios e primos, até os que moravam em outras cidades. Teve um ano que meu pai colocou até barril de chopp para os adultos, mas as crianças podiam beber a espuminha. Politicamente incorreto no último mas divertido, vai... Tinha “foguetório” em minha homenagem e eu lembro que a gente tirava a mesa de centro da frente do sofá e o tapetão virava pista de dança (saiba mais sobre esta questão no post Infância Pobre). Meus tios dançavam até o dia amanhecer. Todo ano era assim. Até que, lá pelos 8 anos, eu percebi que aquela festa toda não era exatamente para mim.
Era Reveillon. Eles me enganavam.
Isso compromete a vida de uma pessoa. Eu sou rebelde porque o mundo quis assim.

7 de dez. de 2007

Ser ou não ser?

Uma das maiores incógnitas dos tempos modernos, o equivalente ao terceiro segredo de Fátima, é saber se você está ou não está namorando. Por maior que seja o envolvimento, as pessoas têm o dom de deixar tudo tão vago que simplesmente não dá para saber. Já ouvi uns absurdos do tipo: sair mais de 3 vezes com a mesma pessoa configura namoro. Como se fosse matemática e não química. É um medo de se expor, de dar o primeiro passo, de parecer interessado demais, sei lá o que passa. Nem quando todas as evidências estão ali expostas as pessoas têm certeza.
O cúmulo aconteceu com uma amiga que reuniu uma galera em casa para um jantar. O famoso pretexto para apresentar o bofe para a galera. Ela já saía há meses com esse cara mas ainda não se atrevia a chamar de namorado. Chegando na casa dela vejo não apenas o bofe mas que ele trouxe alguns amigos de infância para o jantar. E que todos já eram íntimos da minha amiga.
Ele servia as pessoas, simpático e prestativo. Depois do jantar ficou contando histórias engraçadas dele e dos amigos para todos. Minha amiga confortavelmente sentada no colo dele, que era todo carinhos.
Nós duas fomos pegar alguma coisa na cozinha e eu comentei: Aeeeee, que bonitinha namorando. E ela, tensa: Ah, não sei se é namoro... Foi então que eu soltei a pérola:
- Gata, o cara fica cercado de ajudantes, você senta no colinho... Ou é namorado ou é Papai Noel.