22 de jan. de 2008

Pós-balada gay

Eu tinha jurado para mim mesma que nunca mais iria a um lugar em que os meninos não gostam das meninas.
Mas já devia ter ido antes conhecer uma top, top balada gay aqui em Sampa. Vários amigos já tinham me chamado e eu sempre declinava. Até a noite de sábado. Noite em que fui e fiquei bege.
Eita gente que sabe se divertir. O lugar é maravilhoso, “coisa de primeiro mundo”, palavras dos amigos. O som é ótimo e bomba tanto que fazia vibrar até o meu nariz (imagina os ouvidos). E eu me perguntava: com essa sensação de tremedeira nas narinas por que tanta droga? Sim, porque elas são proporcionais aos gominhos nos abdômens da galera. Muita droga.
Percorri todos os ambientes e, já que não tinha nada para mim mesmo, me acabei dançando e resolvi encarar como uma experiência antropológica das mais divertidas. Por isso esta narrativa meio didática, meio explicativa.
Constatei que há uma espécie de parede imaginária que demarca áreas na balada. A primeira é o que a gente poderia chamar carinhosamente de “Heteros-aqui-por-gentileza”. Gentileza desde que as mulheres paguem mais caro do que os homens para entrar, estejam de cabelo preso e sem bolsa, que racha batendo o cabelão e a bolsa nos bíceps da galera, ninguém merece. Nem preciso dizer que é o canto menos animado.
Mais adiante tem outra área, onde ficam os gays mais reservados. Veja bem: reservados para os padrões deles, que ali minhas tias já teriam caído todas desmaiadas. Finalmente tem o canto dos descamisados. Lugar em que dá para pegar a testosterona no ar, colocar em vidrinhos e vender como souvenir na saída. Uh, baby.
A grande maioria dos homens eram lindos, animados e pervertidos. Tudo o que a gente gostaria de ter num hetero, mas nem fala porque acha que já está pedindo demais.
Saí de lá com invejinha da branca e depressão confessa. Meus amigos não sabiam se me consolavam ou se riam da minha cara de quem passou a noite toda à espera de um milagre.
Mas, definitivamente, descobri porque essa coisa de ser muito sarado e ficar sem camisa é coisa de gay e não das lésbicas. Em hipótese nenhuma um monte de mulheres ficaria dançando sem camisa, encontraria uma amiga/pretendente e daria um mega abraço suado, intercalando os peitões uns no meio dos outros. Forget, Margareth. Esqueça, Vanessa.

6 comentários:

Anônimo disse...

pas-sa-do q vc foi num lugar destes e nao me avisou

Anônimo disse...

A mulherada está perdida mesmo. Como a gente se conforma fácil com esses broncos heteros que freqëntam as nossas baladas.Gostei da experiência antropológica. rsrsrs

Márcia Stival - Assessora de Imprensa disse...

It´s raining man... aleluia...

Márcia Stival - Assessora de Imprensa disse...

It´s raining man... aleluia...

Anônimo disse...

Meus amigos gays me torturam dizendo que os homens bons ja pularam para o outro lado da força. Não tiro a razão deles, mas esta cheio de gatos interessantes do lado de cá. Eu tbem adoro uma balada gay. Sempre me divirto muito.
Seu blog é muito bom. Parabéns.

Renatinha disse...

Fui passar o carnaval passado numa destas baladas gays de SP e vou te dizer que curti horrores... ninguém nem ia olhar para mim mesmo, dancei como se estivesse no tapete de casa.... adorei.... rsrsrsr
ps. a pior parte for ver um primo meu até então no armário com o namorado..... doeu!
bjs Re