21 de mai. de 2008

Ombro amigo. Adoro.

Você tem uma sensação constante de que os problemas dos outros são muito menores do que os seus? Claro que não estou falando de problemas absurdos tipo jogarem minha filha de 5 anos pela janela ou alguém da minha família estar doente. Problemas normais, de mulherzinha, tipo falta de auto-estima, relacionamentos complicados, angústias, crises no trabalho, etc.
Eu me sinto uma analista fodalhona toda vez que minhas amigas fazem meu ombro de divã e pedem conselhos sobre a vida. Sempre tenho alguma coisa sábia a dizer. A impressão que dá é que a solução para os problemas delas é tão simples e clara que nem problema elas têm.
Acho que é assim com todo mundo. Uma mistura de egoísmo e generosidade. Você adora e se sente apta a resolver os problemas dos outros simplesmente porque nada pode ser pior do que os seus. Viver a sua vida com as suas mazelas torna você phd em problemas. Agora ouve a voz da minha experiência e faça isso ou aquilo. Ora, isso lá é problema que se apresente? Se eu te contar o que estou passando...
Daí eu conto e acontece o mesmo, só que ao contrário: alguém ouve os meus lamentos e tenta me mostrar que eu estou fazendo tempestade num copo d’água tônica. Enquanto ouço o diagnóstico sábio da minha amiga confesso que sempre penso: esta pessoa não tem idéia do que é passar por um problema deste tamanho. De novo, meus lamentos são maiores do que qualquer coisa que ela já viveu. Vou deixar ela falar, que ela é uma fofa, a intenção é boa, mas vai entrar por um ouvido e sair pelo outro.
O mais louco é que, mesmo assim, a gente continua ouvindo e procurando as boas amigas quando a coisa aperta. E sinceramente a gente precisa disso. A gente ama isso. A necessidade de ouvir e de falar continua. Acho que é porque verbalizar as coisas alivia. Falar de problemas e soluções organizam as nossas idéias. Nunca fiz mas este deve ser um dos princípios da terapia.

Olha eu aqui de novo, falando como uma analista fodalhona. E você aí pensando: ok, vou fingir que isso me tocou de alguma forma, que me identifiquei. Talvez eu até deixe um comentário. Pura educação.

9 comentários:

Anônimo disse...

E quando a opinião de uma amiga é completamente contrária à da outra? De ombro em ombro a gente sempre chega a algum lugar.

adorei.

beijos
Gi

Márcia Stival - Assessora de Imprensa disse...

Ombro amigo, mais do que gostoso ( e como e) é necessário, mesmo que seja para acordar o lado B.

Mais do que carinho é uma catarse, dependendo óbvio do assunto em questão.

Meu ombro esquerdo já que sou canhota estará sempre aqui ))

Anônimo disse...

Guria!!!!!!!!!!!!!!
Seus conselhos são sempre sábios e, de uma forma ou de outra, me ajudaram a enfrentar meus problemas ou pelo menos me fizeram dar boas risadas!
Tô com saudades!!!
Adoro seu blog.
Beijo, me liga.

Helena Cortez disse...

A gente nasceu para viver com no mínimo três ombros, os nossos e mais um de um amigo bem querido.:)

Luciana Cani disse...

Adorei seu ombro magro por aqui. Meus problemas ficaram bem pequenininhos, vc sabe..te amo.

~Luc disse...

Hhausuahsuahsuahsuashuas...
AMO demais desabafar e adoro igualmente ouvir desabafos...

Acho uma troca de experiências (e de amor) tão incrívei!

Huasuhashuas, dá vontade de agarrar o (a) amiga (o) e dizer "Ay, você é tão gracinha, obrigado por ser amiga desse ser infeliz, bla bla bla, tralálá"...

Tenho que concordar com você que meus problemas são maiores do que os de qualquer pessoa, uhasuahsuas, e eu também acho a maioria dos problemas alheios fáceis de solucionar... É a vida, somos iguais.

AMEI esse post, um dos meus preferidos! Gostei quase igual eu amo o primeiro que li, aquele de novelas mexicanas :)

Beeeeeijos, ídola!

Pequena Russa disse...

ombro fino ! te adoro menina

Anônimo disse...

taí

não sei lidar nem com os meus nem com os dos outros

sou uma lástima / ps saudadocas / nao tenho seu e-mail sabia? queria mandar as fotos do casório da pri

bjus

geragoncalves disse...

... meu, o que é o post do ney matogrosso???

pára agoraaaaa