11 de jun. de 2007

Tratado sobre a mulher gaúcha

Apesar da formalidade do título, é lógico que este texto não tem nenhuma fundamentação. Ele começou a se formar na minha cabeça depois de um papo animadíssimo com velhos e novos amigos numa mesa de bar. Entre os novos amigos estava uma gaúcha, como eu, que soltou uma frase interessante: você não é exatamente amiga de uma mulher gaúcha, até ter um bom desentendimento com ela. Acho que para amigos isso não serve tanto. Mas não lembro de nenhum relacionamento que eu tenha tido que não passou pelo tal papo para colocar os pingos nos is. Uma conversa/discussão com teor suficiente para colocar um ponto final na bagaça, mas que foi fundamental para tudo ficar às mil maravilhas.
Coincidência ou não, fiquei divagando a respeito. E faz um sentido enorme que nós, mulheres gaúchas, tenhamos esta peculiaridade, essa enorme herança cultural. Somos “faca na bota” mesmo.
Sem generalizações, viemos de um estado em que, durante muito tempo, ter um bom cavalo era muito mais importante do que ter uma grande mulher por perto. Mesmo as novas gerações que já não sentem isso tão na pele, carregam o histórico de parentes que eram machistas (muitos fingem que não são mais) e de mulheres que sofreram preconceito quando não fizeram exatamente-o-que-a-sociedade-esperava-que-elas-fizessem. De novo, sem generalizações, somos exigentes para caralho, temos pé atrás, temos postura e pontos de vista muito claros, gostamos de expressá-los e, em hipótese nenhuma, levamos desaforo para casa. Pela honra e pelos genes das nossas mulheres ancestrais, que tanto sofreram e tanto nos influenciaram.
Não, nós não vamos sair queimando sutiãs nem vestidos de prenda por aí. Mas somos um pouco mais inflamáveis do que o padrão feminino. Aliás, quando as pessoas acham que a gente está alterada, para nós a discussão ainda nem começou. Somos naturalmente alteradas, para o bem e para o mal. Tudo isso para dizer que as mulheres gaúchas ladram mas não mordem. Isso, se você manter uma significativa distância dos nossos calos.

PS: Ler este texto pronto me deixou com uma impressão que eu odeio, abomino, detesto. A de que os gaúchos acham que são pessoas diferentes ou especiais. Pedi a opinião da Luciene, amigona, gaúcha e mulherão, que espontaneamente sentiu a mesma coisa. Não estou falando de diferenças aqui, mas apenas de peculiaridades. Só posso escrever com propriedade sobre a minha própria experiência. Este sentimento de superioridade é justamente o que estou questionando neste texto. Não faria nenhum sentido reafirmá-lo. Tá vendo como o estigma é forte?

17 comentários:

Anônimo disse...

você é uma Gaúcha-Lady-Faca na Bota.

Beijos !!!

Anônimo disse...

Já te falei que qdo crescer quero ser que nem vc? ... Nao mulher! Não é gaucha tb! Ah, que saco...rs
bj
C!auber

geragoncalves disse...

hoho

adoro muié que fala 'tu'

rs

Anônimo disse...

Oi, já faz um tempinho que leio o teu blog, mas é a primeira vez que me manifesto...
Morei 9 anos em Portugal e lá convivi com muitos brasileiros, de muitos estados. E uma coisa que os homens diziam, impressionados, sobre a mulher gaúcha era: mulher gaúcha come como um homem (falando da quantidade), bebe tanto quanto, fala alto e SEMPRE, mas SEMPRE tem opinião!
E a minha opinião é que eles tinham razão. :o)

Anônimo disse...

Tenho medo.

Anônimo disse...

ah, não encontrei nenhum ranço de superioridade. E as pessoas são todas diferentes entre si e iguais também. Tu não acha?

Vitor Simon disse...

Oi, guria. Olha, eu adoro as gaúchas que estão sempre chutando o saco da gente. Isso é puro jogo de cena, vai por mim. Agora, bom mesmo é uma capixaba. Viva as capixabas!

Anônimo disse...

Nem pior, nem melhor. Mas que somos diferentes, somos. Vivo em Brasília que é uma Babel e ouço isso o tempo todo.
Assombroso para todos é a história de SEMPRE termos opinião.
É o que temos!

Unknown disse...

Concordo plenamente com você, em matéria de conversa definitiva somos do tipo "senta aqui e vamos organizar essa ...bagunça "

Anônimo disse...

pq as gauchas sao as mulheres brasileiras de mais sucesso no esterior em hollywood?

Anônimo disse...

Apreciei o que li,parabéns!
Tenho muito orgulho de ser gaúcha,
fazer parte de um povo laborioso,
calcado na cultura, e valores, no
seu mais amplo sentido.
Estou distante do meu RS, mas
trago comigo tudo que eh de bom
dos meus pampas.Sou destaque no
trabalho,na minha roda de amigos,
e chamo atenção, modéstia parte,
por possuir os genes de uma bela
prenda gaúcha.
Ser gaúcha é tri legal às pampas!
Um abraço

Unknown disse...

Só o que me faltava fala que gaúcha come que nem homem.. por favor não generalize, ok? Existem mulheres que comem que nem homem e outras que não.. pq só gaúchas comem que nem homem? eu não como e nem minha família .. me poupe! Legal o que tu escreveu ;) ORGULHO DE SER GAÚCHA!

Unknown disse...

Guria um dia procurando um texto sobre personalidade da mulher gaúcha esbarrei contigo. Outras questões naquele momento me desviaram daqui. Hoje voltando a vontade de colocar no meu perfil o mesmo assunto lembrei de ti. Sabe o que fiz? Copiei e colei teu texto...rs,rs tive o cuidado de colocá-lo entre aspas pois, sou meio xucra nesse negócio de copiar lincks. Espero nao te aborrecer!! Aproveito para te dizer que tens mais uma fã pois, com tempo li outros textos que amei. Tri legal!!
Bjos e sucesso!!

Daniel Matos disse...

Sabe que mais me chamam atenção nas gaúchas é que para mim, elas falam cantando! Me divirto com isso!
É 10 seu blog!

Anônimo disse...

Cala a boca, o tanto está cheio de cuecas para vc lavar e fica ai falando merda..

Anônimo disse...

JULIO/AMAZONAS.
PESSOAL O RIO GRANDE DO SUL SO TEM MULHERES GATAS! EU AINDA NÃO VI UMA
FEIA,MAS SE EXISTIR,POR FAVOR NÃO APRESENTE PARA MIM,POIS EU GABO AS GAUCHAS.....

Anônimo disse...

Estou morando há 3 anos no Rio G do Sul e odeio a discriminação dos gauchos com os outros estados, pois acham q Sao os melhores e que todo o pais depende deles. Alem disso uma grande maioria Sao arrogantes e mau humorados!! Todos falam p mim- você não e Gaucha Ne?? Como se a partir desse ponto vc não presta imediatamente.